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PAPER 127: Projeto de País (EU SOU BRASIL!!!)

Tema: “A Liderança está mudando?”

(…) “O pior tipo de problema, para as forças que influem e controlam a política nacional, é o problema resolvido; problema bom, ali, é problema em aberto, enrolado e em processo de piora. É com esse tipo de dificuldade que surgem as melhores ocasiões para se vender facilidades – e providenciar “saídas”, como se sabe, é o que realmente valoriza quem está nesse jogo.” (…)

J.R. Guzzo, colunista do Estadão (12/09/2021)

 

A década de 50 possibilitou um talento sempre referenciado na política: JK. Não era um personagem isolado. Ao contrário, integrava uma geração de políticos de que era aliado ou competidor, que, além do talento, eram preparados pelas instituições de ensino daquela época e temperados pelas lides políticas dos Centros Acadêmicos estudantis e dos Partidos Políticos.

Àquela geração pertenciam 20 a 30 nomes de políticos com condições pessoais plenas de desempenho à altura da Presidência da República do Brasil, o que representava mais segurança para o País. Atualmente, a caça por um nome à altura do que representa é como “procurar agulha no palheiro”, gerando oportunidades a espertos e espertezas, em lugar de talento e competência.

Um episódio histórico cerceou aquela geração da atividade política e eliminou o efervescente ambiente de formação e promoção de lideranças políticas: o regime militar originado em 1964.

A geração de políticos ainda em atividade desde a redemocratização é constituída, em geral, dos ex-exilados e/ou de seus descendentes e seus influenciados a fundação da Nova República sem ainda significar a que veio que, sem entrar no mérito de seu desempenho, não tiveram acuidade suficiente para perceber toda a extensão de seu papel perante a Nação: a formação de governantes à altura dos desafios que sempre se colocam para um país, seja no que concerne ao contexto nacional, seja com relação ao horizonte geopolítico.

Agora, diante do clamor por lideranças que não se preparam da noite para o dia precisam ser entendidas as causas que legaram ao Brasil o presente estado de coisas, a par das gigantescas transformações de toda ordem, ocorridas nesse período no País e no mundo.

Nossas divulgações comprovam não ser nosso propósito formulações teóricas, sem, entretanto, perdê-las de vista, mas propor soluções a partir de observações das vivências práticas, razão de nossas referências a informações de ocorrências, no Brasil e no exterior, de pensadores e atores desse âmbito de conhecimento e experiência.

Algumas poucas notícias da mídia, no contexto da complexidade de questões de crises que assolam o País, que estão no “site” www.conselhobrasilnacao.org com comentários, relacionadas evidenciando o sentido errático das iniciativas dos atuais governantes:

  • “BC monta curso de educação financeira”, Estadão de 14/08/2021, página B8: “PLA-POU-CRÉ. Parece um trava-língua, mas é a base do programa de educação financeira que o Banco Central quer levar a 100 mil escolas municipais, estaduais e federais do Ensino Fundamental: planejamento (PLA), poupança (POU) e crédito (CRÉ) são os pilares do Aprender Valor, que tem como objetivo chegar a 5 milhões de alunos até o fim de 2022.” (…) “Talvez a criança não aproveite o CRÉ porque não tem acesso ao sistema financeiro, ou tenha alguma dificuldade com o POU porque os recursos são escassos, mas quero incutir nela o conceito”, afirma o diretor de Relacionamento Institucional do BC, Maurício Moura” (…)

A pergunta é: o Banco Central está com tempo e possibilidade para além da alta responsabilidade de Autoridade Monetária, dedicar-se a atividade educacional, quando os professores e os pais podem fazê-lo com mais propriedade? Ou o BC está com excesso de funcionários? É uma “mega” disfunção.

 

  • “País deve priorizar a agenda de reindustrialização”, Estadão de 14/08/2021, página B2: “O choque da pandemia sobre a indústria foi relativamente menor do que em outros segmentos. Mas o setor foi o mais castigado pela recessão de 2015-2016 e já estava estagnado há uma década. Dados levantados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) com base em estatísticas da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) mostram que entre 2005 e 2020 a indústria brasileira recuou da 9.ª maior do mundo para a 14.ª, e sua participação na indústria mundial caiu quase pela metade, de 2,2% para 1,3%” (…) (…) “Arrancar pela raiz as causas do “custo Brasil” – como disfuncionalidade tributária, infraestrutura precária, burocracia excessiva, insegurança jurídica, financiamento escasso, serviços públicos ineficientes, instabilidade fiscal, má formação, protecionismo – é precondição.” (…) Não se trata de reindustrializar, mas de inovar e dinamizar o diversificado parque industrial brasileiro para “Trazer de volta a indústria para o centro da economia brasileira” (“PAPER”95, de 12/10/2020), com vigoroso Programa de Exportação. Foi o que fez a China nos últimos 40 anos, possibilitando tirar da pobreza 740 milhões de chineses e torná-la a potência econômica e industrial reconhecida no presente. É uma disfunção pretender “reinventar a roda!”. Já temos o parque implantado e a comprovada vocação industrial. Não deve ser iniciativa legislativa isolada, mas sim Plano Global de governo empunhado por diversas e seguidas gerações de políticos. “Reindustrialização” é uma disfunção.

 

  • “Frente Parlamentar apoia investimento externo”, Estadão de 14/08/2021, página B11: “A preocupação em torno do recebimento de recursos de outros países fez surgir uma nova frente parlamentar no Congresso Nacional. Lançada oficialmente nesta semana, a Frente Parlamentar em Apoio aos Investimentos Estrangeiros para o Brasil pretende apresentar projetos específicos e fazer andar propostas já em tramitação para mudar o ambiente de negócios e tornar o País mais atrativo ao capital estrangeiro.” (…) Ao invés de “Frente”, mais eficaz é os congressistas contribuírem para a boa administração do País; o Brasil bem administrado nos amplos aspectos é o principal e mais seguro atrativo de capital externo. A “Frente” é uma disfunção.

 

  • “Prazo para privatizar Correios é ‘impossível’ diz Braga”, Estadão de 19/08/2021, página B5: (…) “Além de questionar o cronograma, Braga apontou que guarda “graves dúvidas” sobre o projeto. A preocupação é a mesma apontada por partidos de oposição ao governo na Câmara: a entrega de cartas em localidades distantes dos centros urbanos.” (…) (…) “O projeto aprovado pela Câmara obriga a empresa que arrematar a estatal a manter os serviços universalizados. O senador, no entanto, diz ter receio quanto ao preço que a população de cidades remotas vai pagar. O texto define que as tarifas poderão ser diferenciadas geograficamente, com base no custo do serviço.” (…) (…) “Problema é o custo. A carta pode até chegar. Mas e o custo?” (…) O governo ao desejar a privatização pretende manter a universalização existente (mal ou bem, já existe!), mas os parlamentares (são quem decide) quem decide precisam saber que o País tem 3.801 cidades com menos de 20 mil habitantes e 4.908 cidades com menos de 50 mil habitantes dentre o total de 5.570 cidades.

A empresa vencedora do leilão, que se tornará proprietária de um monopólio manterá a universalização? Ou será viável onerar as tarifas para os usuários das cidades mais populosas para viabilizar a universalização, ou seja, prestar os serviços do Correios para as pequenas cidades? Não nos parece viável a universalização ser mantida, no mínimo, como é hoje, em desfavor de um eventual desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, resultante do leilão. Essa possibilidade é real basta alguma experiência. A pergunta é: foram ouvidas as autoridades e lideranças municipais, em especial as dos Municípios menos populosos, nesta iniciativa privatista? É sempre eficaz “combinar com os russos” (Garrincha – 1958)!

 

  • “Fúria contra líderes na América Latina acabará em lágrimas”, Estadão de 20/08/2021, página A11, transcrição de artigo de Patrício Navia (Américas Quarterly): (…) “Felizmente, existe uma alternativa simples e comprovada. Quando os países latino-americanos tiveram governos que combinaram políticas voltadas para o mercado com a adoção responsável de políticas sociais para reduzir a desigualdade e promover a inclusão social, com vistas a uma melhora do capital humano, os resultados sempre foram um sucesso. Apesar de políticas com base na nostalgia não funcionarem, aquelas baseadas em medidas que comprovadamente resolvem problemas, respondem às inquietações legítimas das populações que sofrem e tornam os países mais atrativos para o investimento estrangeiro, explorando suas vantagens comparativas, sempre deram bom resultado. A má notícia é que esses desafios são imensos e o descontentamento popular está em ascensão. A boa notícia é que os vencedores das eleições têm uma receita já comprovada para colocar seus países de volta no caminho certo.” O descontentamento, bem evidenciado nesse artigo, é geral e requer tratamento à altura dos desafios pelos líderes políticos; é onde residem os riscos em consequência das disfunções governamentais e dos políticos, nessa paralisia acomodatícia que pode ser mortal. Nos últimos tempos tem prevalecido as disfunções.

 

  • “Bye Bye Brasil”, jornal Valor Econômico de 03/09/2021, reportagem de Assis Moreira, de Genebra, no encarte do jornal. “O número de brasileiros morando no exterior nunca foi tão grande como agora. Cresceu 35% entre 2010-2020, passando de 3,1 milhões para 4,2 milhões, segundo o mais recente levantamento do Itamarati. Mas a quantidade de brasileiros em diferentes regiões do mundo pode ser mais do dobro do que aparece nas estimativas oficiais, conforme pesquisadores.” (…) (…) “O emigrante brasileiro está descrente do Brasil, com a sensação de que o país não vai dar certo e que ele não tem perspectiva de melhorar de vida”, diz o professor Eduardo Picanço Cruz, da UFF. (…)

O processo de perdas de cérebros brasileiros tem se acentuado, e a maior parte é de pessoas preparadas profissionalmente pelas nossas Universidades e/ou empresas brasileiras. Poderemos estar perdendo quem de que o País mais está precisando, não só pela preparação profissional, mas também por serem dotadas de liderança. Como frisou o “PAPER”5 de 13/11/2017, “EU SOU BRASIL. A moda dos que podem (R$) é: “quero deixar o Brasil”. Dizem que 60 mil já estão em Portugal. Que sejam 1 milhão, ainda aqui viverão 200 milhões sem poder fugir à responsabilidade de organizar o País em prol da Nação. A desordem não é recente, assim dizia Nelson Rodrigues: “o subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos”. Às empresas multinacionais basta fechar as filiais aqui; às grandes brasileiras transferir a sede; as médias e pequenas, a esmagadora maioria, terão de continuar aqui. Os ricos poderão ir e voltar quando desejarem; os outros cidadãos, a imensa maioria, continuarão aqui: seriam como 200 milhões de refugiados, uma situação impossível. Portanto, vamos parar o devaneio! Vamos organizar o País para os que aqui ficarem, e fazer dele o melhor do mundo para se viver. Com nossos cidadãos e nossas médias e pequenas empresas.” (…)

 

  • “Economistas avaliam como enfrentar a ameaça de uma estagflação no País”, Estadão de 11/09/2021, página B1: (…) “Com a economia estagnada e a inflação disparando, o fantasma da estagflação volta a ameaçar o dia a dia dos brasileiros. Causado por efeitos inerentes à pandemia de covid-19, que afetam todas as economias do mundo de forma inédita, o cenário é agravado no Brasil pela estiagem e pela crise política. Segundo economistas ouvidos pelo ‘Estadão’, para fugir da armadilha, no curto prazo, a elevação dos juros ajudará a arrefecer a inflação a partir de 2022, mas com uma freada na atividade econômica e o desemprego elevado como efeitos colaterais. No longo prazo, a saída passa por estabilizar a crise política e avançar na agenda de reformas, dizem os especialistas.” (…) (…) “Acelerar o crescimento passa por fazer reformas, na visão do economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini. Sem melhorar o sistema tributário e retirar tarifas de importação que dificultam a competitividade, os negócios ficam travados. As reformas poderiam atacar também a indexação de contratos, principalmente dos serviços públicos, como a eletricidade, que pioram a “estrutura da inflação”. Os contratos de prestadores de serviços públicos têm reajustes baseados nos IGPS, índices muito influenciados pelo atacado e pelo dólar. Assim, a inflação passada contamina a futura, mesmo que a demanda esteja fraca, com a economia estagnada ou em queda. “Isso vai gerando uma perda de eficiência do poder de compra do consumidor”, diz Agostini.” (…) (…) O problema, ressalta, é que o Plano Real ficou incompleto, não avançou nas reformas fiscal, tributária e administrativa.” O “PAPER”112 de 12/03/2021 divulga o episódio histórico que, numa disfunção (distorção), deixou de ser realizada a Reforma Administrativa em 1993 (recomendada pelo Conselho Brasil-Nação na época), visto que o então ministro da Fazenda, FHC, “já era candidato a presidente da República, e tal reforma conflitaria com interesses dos parlamentares (“impopular”) e, óbvio, da sua eleição;” (…) foi uma disfunção de alto alcance e prejuízo para o Brasil. Não se enfrenta a ameaça de estagflação sem lucidez, coragem e força política para fazer as reformas (Administrativa, principalmente). A começar por defini-las com a competência necessária, a começar pela adoção de novo Pacto Federativo. Todos falam em reformas, mas quem apresenta os projetos concretos, que comprovem ser soluções? O atual sistema institucional brasileiro é determinante para dispersão, disfunção, indefinição das atribuições e responsabilidades dos atores públicos, bem como o precário exercício da cidadania e das lides próprias da sociedade civil. Visto o objeto definido pelo Conselho Brasil Nação de Redução do Custo do Estado e elevação do patamar do PIB, impõe-se a Reforma Institucional para um Federalismo descentralizado, ou um Estado Federalista, visando melhorar a eficiência dos Estado e liberar condições para melhores funcionamentos e produtividade Sistema Produtivo.

As disfunções expostas divulgadas por notícias da mídia, constantes da íntegra desse “PAPER” disponível no “site”, permitem objetivar o que é prioridade atualmente no Brasil: LIDERANÇAS, cuja escassez possibilita vazio ocupado pelos autores das mencionadas disfunções.

Afinal de que estamos falando?

Falamos de Liderança, e mais ainda de Liderança política. Afirmou um certo ex-governador de São Paulo e ex-professor da POLI/USP, visto que a Liderança em sua grande maioria passa por um processo de escolhas (ou eleitoral): “A maior honraria que uma pessoa pode receber é ser eleita pelos seus pares”, (em qualquer situação ou nível).

Assim transcrevemos a seguir artigo de Robert Wong, um Líder no seu meio, que resulta de suas consultorias e das conferências que profere, no Brasil e no exterior.

Roberto Wong – Eng. Civil, POLI/USP – 1975.

Sócio-fundador da “Robert Wong Consultoria Executiva. Formação educacional: Chapel American School em São Paulo; Engenharia pela Escola Politécnica da USP; Bolsista da Confederation of British Industry; Scholar, pós-graduação na Inglaterra; Curso de extensão em educação executiva pela Harvard Business School.

A Liderança está mudando?

Robert Wong

www.robertwong.com.br

 Na atual conjuntura de um mundo cada vez mais globalizado, interconectado e com as mudanças ocorrendo à velocidade da luz, qual o papel da liderança frente a esse quadro?

Em minhas andanças e tratativas no universo corporativo, bem como nos ambientes político, acadêmico e social, essa pergunta brota regularmente e não quer se calar. Inclusive, nas minhas palestras para empresários, executivos e profissionais liberais, bem como para jovens em início de carreira, gosto de provocar a plateia com a seguinte questão: “A liderança está mudando?!?”  Invariavelmente, o público participante fica dividido, muitos acham que sim, muitos acham que não. Aí dou uma resposta que deixa todos bastante surpresos: “Bem, vocês todos estão certos!” Vejo então um mar de rostos intrigados!

A bem da verdade pronuncio o seguinte dogma: “A liderança sim está mudando… na sua forma, mas não na sua essência.”. Pois, no meu entender, a liderança, desde que o primeiro líder surgiu no meio dos homens da caverna, destacou os indivíduos com as seguintes características, ou melhor, essências:

  1. Ter VISÃO (Enxerga o que os outros ainda não enxergaram!)
  2. Tomar DECISÕES (Especialmente na escolha de Pessoas!)
  3. Ajudar a INSPIRAR (Para que cada um possa realizar seu pleno potencial!)

São ou não as qualidades cruciais?  Desde os primórdios até atualmente, o líder, seja ele de qualquer setor ou área de atividade for, deve ter, no mínimo, essas aptidões vitais para bem exercer seu papel de liderança.

Por outro lado, a forma ou maneira de exercer a liderança mudou… e continua mudando. Antigamente, o modo de liderar focava-se primordialmente na Gestão de Talentos, o que me arremete à imagem de um “Maestro de Orquestra”, cujo papel principal é reger o grupo de músicos para que tudo esteja rigidamente dentro da pauta, em “perfeita harmonia”, e no tempo certo, pois a palavra GESTÃO significa “ato ou ação de gerir, administrar, reger, supervisionar, dirigir…”.

Atualmente, a forma de atuação me leva mais à imagem de um “Rock Band Leader”, em que o líder da banda não é necessariamente o melhor guitarrista, baterista, ou tecladista. Sua parte é o de, presumindo que ele tenha escolhido “os bambas” para cada instrumento de som, fazer a turma trabalhar em conjunto, dando o seu melhor, ou seja, ele assume o papel de Coordenação de Talentos.  A palavra COORDENAÇÃO, por sua vez, significa “ato de coordenar, concatenar, ordenar, harmonizar…”.  Faz sentido ou não?

 Antigamente, os executivos normalmente almejavam mais e melhores recompensas materiais (bônus, stock options, símbolos de status), bem como a evolução profissional (carreira, promoções, títulos). Hoje em dia na era digital, procura-se mais significado ou um propósito maior no trabalho que seja aderente à sua missão de vida, ao reconhecimento comunitário, à realização pessoal, e à colaboração em vez da competição. As “cenouras” ou prêmios de outrora, face à realidade atual, não vão necessariamente funcionar hoje. O contrário também é verdadeiro.

E quais as características ou qualidades que um verdadeiro líder deveria possuir para sobressair-se na multidão?  Válidas tanto para o presente quanto no passado, elas são:

  • Vontade de liderar (É muito mais fácil e cômodo ser liderado do que liderar.);
  • Desejo de se superar (O líder nunca está satisfeito com o que já conquistou; não se apega ao status quo.);
  • Carisma e grande ego (Carisma é igual a magnetismo, pois ajuda a atrair as pessoas. E se não tiver um grande ego, a pessoa provavelmente não quer nem sair da cama de manhã.).

Isto posto, aqui abro um parêntese em cada um desses itens para mostrar claramente como um líder medíocre mais focado em si pode-se transformar em um exemplar líder que visa o bem comum:

  • Vontade de liderar (mas sempre pautada em VALORES!)
  • Desejo de se superar (mas em benefício de TODOS!)
  • Carisma e grande ego (mas SEM usá-los para antagonizar as pessoas!)

Algumas diferenças básicas nas iniciativas que separam um mero ADMINISTRADOR de um verdadeiro LÍDER.

ADMINISTRADOR/LÍDER

Respostas (Reativo)/ Perguntas (Proativo)

Controla/Delega

Conhece as Pessoas/Conhece a Si Próprio

Motiva/Inspira

Pensa e Debate/Estrategiza e Age

Define Objetivos/Cria uma Visão

Prepara Administradores/Prepara outros Líderes

Agente de Mudança/Agente de Transformação

 Além do mais, um Líder só pode se dizer realizado caso paute sua vida sobre três pilares:

  • Aquele que não sabe… e pergunta.
  • Aquele que sabe… e ensina.
  • Aquele que ensina… e pratica! (Ou em inglês: Walk the Talk!)

A propósito, quantas pessoas em lugares de destaque que você conhece vivem efetivamente dentro desta coerência? Acredito que a Liderança não é uma questão ou função de status, nem de título, nem de herança, nem de bravata … mas sim de credibilidade, influência, maestria, sabedoria, atitude.

Por fim, compartilho uma pertinente frase do nosso poeta-mor, Mário Quintana, de quem respeitosamente tomei a liberdade de trocar uma palavra (LIVRO por LÍDER) de seu genial poema, para que ela pudesse ser encaixada no contexto deste artigo:

“Um LÍDER não muda o mundo.

Quem muda o mundo são as pessoas.

Um Líder só muda as pessoas.”

 Portanto, caro leitor, exerça sua Liderança com Sabedoria (a máxima Riqueza que temos) e com Responsabilidade (que não quer dizer apenas dever ou obrigação, mas sim dar Resposta às suas Habilidades, ou seja, realize seu Potencial!).

COMECE POR SER LÍDER DE SI PRÓPRIO!

 

CONCLUSÃO:

O Brasil provavelmente não poderá contornar, no limite do possível e em tempo, a carência de Lideranças políticas do momento, e para tomar as decisões à altura dos desafios que se apresentam no presente, é preciso e imperioso com inteligência, sabedoria, altivez, paciência embasada em firmeza e perseverança, e, sobretudo, estratégia e patriotismo buscando Liderança de qualidade “compromissada pelo interesse maior da nação brasileira, que são nossos filhos e netos”.

Esse objetivo, a ser perseguido, é inegociável, inafastável, impostergável, sob pena de oferecer às gerações futuras a certeza de atribuição de culpa que hoje deve ser atribuída às gerações passadas.

“Plantar alface dá em 90 dias, mas carvalho leva 100 anos”.

O “PAPER”122, datado de 10/06/2021 portanto há mais de três meses (dos 16 que se distanciavam das eleições) formulou uma proposta:

“A política se alimenta de oportunidade. Esta, no momento, é os partidos se anteciparem e provocarem debates, cada partido ou alianças de partidos, suportados por liberdade e pela democracia, lançar seu candidato à Presidência da República, a Governador de Estado e aos respectivos Parlamentos: é a forma de cada Partido romper a sujeição dos filiados partidários ao “caciquismo” e de se fortalecer ao se beneficiar da contribuição da força da participação popular na promoção de seu candidato, que se refletirá nas pesquisas de opinião pública.

 É sair da toca e ocupar o palco. É de onde sairão as lideranças que nos tem faltado. Aquele que se revelar melhor estadista se destacará e já será obstáculo válido à eleição de candidato não conhecido, seja por suas ideias, suas propostas, sua personalidade, seu currículo e sua formação, ensejando também a discussão do programa de governo com a sociedade, que ele venha a apresentar. Fazer funcionar a democracia.” (…)

É legítimo e democrático, e mesmo constitucional, que o povo seja ouvido, seja partícipe, ao mesmo tempo em que se acumplicie plenamente da importante decisão eleitoral de 2022, ano do bicentenário de nossa independência.

A democracia fundada no Estado de Direito e na cidadania não é uma estação de chegada, mas uma maneira de viajar, visando desenvolvimento econômico, político, cultural e social para transformar o Brasil na melhor nação do mundo para se viver bem.

Personalidades autoras de artigos e citações neste “PAPER”:

 

. Alex Agostini; economista-chefe da Austin Rating

. Assis Moreira; jornalista, correspondente do “Valor Econômico” em Genebra

. Braga, Carlos Eduardo de Sousa; empresário, político, senador pelo Amazonas

. Eduardo Picanço Cruz; graduado em Administração (UFF), mestrado em Engenharia de Produção(UFF), doutorado em Engenharia Química(UFRJ), Professor ( UFF)

. Garrincha ( Manoel Francisco dos Santos ) ; futebolista, o mais célebre ponta-direita da história do futebol brasileiro

. J.R.Guzzo ( José Roberto); jornalista, foi um dos fundadores da revista VEJA, Diretor Editorial do Grupo EXAME, atualmente membro do Conselho Editorial da revista OESTE

. Mario de Miranda Quintana; poeta, tradutor e jornalista

. Mauricio Moura; formado em Administração(UNAMA), MBA Executivo( ESPM), mestrado em Administração ( FEA-USP), Diretor do Banco Central

. Nelson Rodrigues; escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista e cronista de costumes e de futebol brasileiro

. Patricio Navia;  cientista político, escritor, colunista e sociólogo peruano, nacionalizado chileno, professor de “Liberal Studies”(NYU)

. Robert Wong; engenheiro (POLI), Pós-Graduação na Inglaterra, Extensão Executiva (HARVARD), “Robert Wong Consultoria Executiva”(fundador e CEO)

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