PAPER 16: PROJETO DE PAÍS (_EU SOU BRASIL!!!)_
_TEMA: CONSTITUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO: VIABILIZAR O BRASIL_ _05/03/2018 – EDIÇÃO SEMANAL – 30 MIL E-MAILS_ No artigo “A ilusão dos papéis”, Folha de S. Paulo em 28/02/1993, de autoria de ANTONIO ERMÍNIO DE MORAES (já falecido), industrial e líder empresarial do grupo econômico-industrial dos maiores do Brasil e que estará comemorando 100 anos de existência em 2018, comenta: “_O industrial AKIO MORITA, ao participar do Fórum de Economia Mundial em Davos (Suíça), alertou que a economia do mundo encontra-se precariamente baseada na especulação e na avareza e, por isso, pode ruir a qualquer momento (divulgado em Madrid, Espanha, pela ACEPRENSA, em 03/02/1993)._ _Trata-se de uma afirmação de extrema gravidade, especialmente quando parte de um homem responsável de 72 anos e que passou mais de 50 trabalhando e dando emprego para 120 mil pessoas. Ele argumenta que o homem moderno está dominado pela ilusão de achar que o dinheiro é um bem em si mesmo. Tratando-o como um objeto. Como algo que, sozinho, pode gerar riqueza._ _Eu sempre me intriguei com essa idéia de se ganhar dinheiro com dinheiro indefinidamente. Qual seria a base disso? O que pode justificar o lucro decorrente de negócios realizados única e exclusivamente na base de papéis, sem nada concreto, sem inovações, sem idéias, enfim, sem trabalho?_ _Morita está certo. No seu processo produtivo, a indústria e a agricultura transformam ideias em realidades, produzindo bens que são de utilidade aos consumidores. Nessa evolução, elas geram empregos e salário. A especulação que enriquece muitos em poucos segundos não gera nada – ao contrário, em certo casos, até destrói_.” O Estadão 28/02/2018, no primeiro Fórum “A Reconstrução do Brasil” promoveu debate com três importantes juristas em que algumas informações são transcritas a seguir: NELSON JOBIM, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal: “_Precisamos fazer uma lipoaspiração na Constituição, retirar todos esses excessos para reconstituir a harmonia de Poderes_”. EROS GRAU, ex-ministro do STF: Sobre a aplicabilidade da Constituição, citou o “tamanho” da constituição norte-americana. A Carta dos Estados Unidos tem apenas sete artigos e 27 emendas, enquanto sua contraparte brasileira já nasceu com 245 artigos. Comenta ainda: “_O Supremo se transformou num grande espetáculo televisivo_.” JOAQUIM FALCÃO, professor de direito constitucional da FGV-RJ, ao comentar a “luta” pela constitucionalização de direitos por algumas categorias, divulgou um estudo que mostra que funcionários públicos tem 16 vezes mais chances de levar temas para julgamento no Supremo Tribunal Federal em comparação com trabalhadores do setor privado. “_Os funcionários públicos constitucionalizaram todas as suas pretensões durante a Constituinte_”. O historiador NIALL FERGUSON, da Universidade de Oxford na Inglaterra, em seu livro “A ascensão do dinheiro”, evidencia que nos últimos 70 anos se impôs ao mundo o dinheiro não como instrumento operacional, mas como referência, paradigma e norma para decisões públicas e empresariais, que deveriam ser construtoras de valores estruturais, culturais e humanitários sólidos para o desenvolvimento civilizatório do homem. Prova disso é o enorme e desproporcional endividamento público em todos os países do mundo. Os temas abordados por Akio Morita e Antonio Ermírio de Moraes e também pelos três juristas citados, assim como pelo historiador de Oxford, guardam relação direta com a atual situação da Nação brasileira face à sua Constituição. A Nação sujeita-se à Constituição de 1988, cujas instituições compõem o Estado brasileiro que se tornou inviável financeiramente e por consequência inviável política e socialmente, como comprovam os fatos frequentemente debatidos na mídia. A Constituição de 1988 deve ser adaptada para viabilizar a atividade empreendedora – origem de impostos, riquezas e empregos – como abordado nos nossos “PAPER”2 e “PAPER”3, ao invés de induzir principalmente os profissionais mais jovens a atividades no mercado financeiro. A ilusão de ganho rápido e aparentemente fácil distorce a perspectiva de construção de currículo profissional em carreira sólida, inerente às condições da própria vida a que todos se sujeitam em uma comunidade, seja ela a brasileira ou mesmo a mundial. (“_Não se trata de plantar alface que dá em três meses, mas carvalho que leva cem anos_”). Foi para promover o desenvolvimento econômico, que diversos países, no último século, decidiram estrategicamente focar-se na produção industrial, agropecuária ou de serviços. Se a Constituição continuar a ignorar o interesse e o objetivo da Nação brasileira, de equacionar adequada e minimamente o processo de crescimento humano de sua população, o país Brasil continuará exposto a aventureiros oportunistas “vivendo dos problemas” ao invés de “resolvê-los”. Os juízes decidem pela Constituição. Impõe-se objetivar a elevação do padrão de capacidade econômica do povo, que nos levará a nos transformarmos em um poderoso mercado interno (206 milhões de brasileiros!) para cooperar e competir com as demais nações, contribuindo para viabilizar o Estado brasileiro, o sistema produtivo, e a própria convivência social com fundamento cultural e humanitário. NO NOSSO BLOG: “Projeto para o desenvolvimento do Brasil” para a infraestrutura do país, artigo do ENG. EDUARDO LAFRAIA, presidente do Instituto de Engenharia, Estadão em 23/12/2017. _Os “PAPER” anteriores a esse, podem ser acessados __www.conselhobrasilnacao.org_ [1]_: em MANIFESTOS – propostas; em MÍDIA – “PAPER” e em ARTIGOS – estudos de pensadores pertinentes ao tema._ NESSE ESPAÇO SERÃO TRATADOS OS ASSUNTOS DA AGENDA “ELEIÇÕES 2018”, ATÉ QUE ELAS OCORRAM.