Piñera diz que votação é o começo do futuro do Chile
O Estado de S. Paulo – 26 Oct 2020
Ao convidar os chilenos para votar ontem, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que qualquer que fosse o resultado do plebiscito – aprovação ou não de uma mudança na Constituição deixada pela ditadura – o processo era o início do futuro do país, e não seu fim.
Piñera depositou seu voto logo pela manhã em um colégio no bairro Las Condes, no leste de Santiago, perto de sua casa. Ao deixar o local, o presidente não manifestou publicamente se votou a favor ou contra a mudança, mas afirmou que o plebiscito era o “caminho democrático, melhor e mais fecundo do que o caminho da violência”.
“Tenho a absoluta convicção de que a imensa maioria dos chilenos creem na democracia e na paz”, afirmou o presidente chileno, acrescentando que não permitirá que uma minoria imponha sua vontade sobre a escolha democrática da população.
“A história do Chile não termina hoje (ontem)”, acrescentou Piñera, que enfrentou os protestos que começaram em outubro de 2019, um ano e meio depois de ele assumir seu segundo mandato e depois de ele afirmar que o Chile era um oásis de estabilidade na América Latina.
Em poucas semanas, após as manifestações ganharem corpo, sua taxa de aprovação caiu para um patamar recorde de baixa e se manteve instável durante a pandemia de coronavírus.
Entre os desafios que o Chile enfrenta atualmente, segundo Piñera, estão derrotar a violência que acompanhou as as manifestações sociais e recuperar o crescimento da economia chilena, afetada pela pandemia covid-19, que já infectou mais de 500 mil pessoas e causou a morte de quase 14 mil – um dos índices mais altos da América Latina.
“Tenho a absoluta convicção de que a imensa maioria dos chilenos creem na democracia e na paz. A história do Chile não termina hoje (ontem)”
PRESIDENTE DO CHILE Sebastián Piñera
ARTIGO106